Estudante de Computação da Poli conta sua experiência com estágio internacional
Após uma apresentação e processo de recrutamento da Microsoft na Poli, o estudante do 4º ano de Computação, Tiago Koji Castro Shibata, resolveu tentar um estágio internacional na empresa estadunidense.
O processo de aplicação, segundo Tiago, é bem simples. ‘“Eles tentam burocratizar o mínimo”, conta. Primeiro, é necessário fazer uma inscrição online, que será seguido por entrevistas e testes de níveis, como de inglês, por exemplo.
Durante o inverno no Hemisfério Norte, a Microsoft contrata estagiários do Hemisfério Sul, cerca de 60 pessoas. Já no verão, cerca de 2000 estagiários do HN são contratados. Para o Shibata, o número menor proporcionou uma maior integração entre os membros da empresa. Estudantes brasileiros de outras universidades, além da Poli, como USP São Carlos, IME e ITA, também, estavam representados.
A empresa, além de arcar com todas as despesas, incluindo moradia, passagem e transporte, também pagava boliches e happy hours para as pessoas se conhecerem melhor. Esse é um grande diferencial em comparação aos estágios no Brasil. “A vida lá é bem mais tranquila que aqui”, pondera o estudante. Apesar de trabalhar 40h por semana de segunda a sexta, os horários de trabalho são bem flexíveis e trabalhar em casa alguns dias não é visto como um problema.
Como estagiário remunerado dentro da Microsoft, você pode fazer parte de uma equipe desenvolvendo um projeto maior ou fazer o seu próprio projeto. Durante seus 3 meses de estágio, o Tiago criou um showcase de novidades do sistema operacional do Windows 10 para a Internet das Coisas (IoT).
Após essa experiência, o estudante de Computação, por estar no 4º ano ainda, tem a oportunidade de ser recrutado novamente no 5º, último ano de estágio obrigatório, já que o curso de computação funciona no modelo quadrimestral. Ou seja, nos dois primeiros anos do curso tem aulas normais, mas a partir do terceiro possui quatro meses de estágios obrigatórios intercalando os períodos letivos.
O estágio internacional configura, também, como estágio obrigatório na contabilização de créditos. Assim, Tiago alerta que a dedicação maior em ir atrás da documentação necessária, não pode ser um empecilho para perder a oportunidade de vivenciar esse experiência. “Muita gente fica com medo de não passar e ficar marcado na empresa, mas não tem nada disso e vale muito a pena tentar”, afirma o estudante.
Texto: Giovana Querido